Arquivo virtual da Geração de Orpheu

JOSÉ PACHECO

1885-1934

1885

24 de Abril: José Rosa dos Santos Pacheco nasce em Lisboa, filho de um comerciante, Francisco da Rosa Pacheco, e de Maria Carlota dos Santos Pacheco.

1902-?

Estuda arquitectura na Academia de Belas-Artes de Lisboa, curso que termina com distinção.

1907 Projecto de Café-Concerto (reproduzida n'A Construção Moderna de 10 de Setembro de 1907 e, quase vinte anos depois, na Ilustração Portuguesa de 25 de Setembro de 1926.)
1910

Colabora com Francisco Franco num projecto de monumento da Guerra Peninsular, no Porto.

Parte para Paris, onde também frequenta a Escola de Arquitectura e se torna professor.

Vive com Amadeo de Souza-Cardoso em Montparnasse.

1912 Jorge Barradas produz um retrato seu.
1913

Faz a capa de Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro.

Vem a Lisboa e casa-se em Dezembro, com Maria Etelvina Lobo dos Santos e Silva, pintora.

1914 Regresso definitivo a Lisboa por altura da eclosão da 1ª Guerra Mundial.
1915

Sai o número espécimen da Contemporânea, do qual é director.

Faz a capa de Céu em Fogo: oito novelas, de Mário de Sá-Carneiro.

Faz a capa de Orpheu 1.

É colaborador de ultranacionalista A Ideia Nacional, revista que tem 18 números entre Março e Maio de 1915 e uma segunda série em 1916, que está desaparecida. Terá sido nesse ano, até, seu director artístico.

1916

Funda a Galeria das Artes, na rua Serpa Pinto (no antigo Salão Bobone).

Tenta voltar a Paris, mas a falta de dinheiro impede-o.

1917

Assina, com Ruy Coelho, o Manifesto dos Ballets Russes escrito por Almada Negreiros, que será folha volante de Portugal Futurista.

Publica projecto arquitectónico de uma igreja na revista luso-brasileira Atlântida: "A egreja de Sto. António do Monte (Murtosa), n.º 18, 1917, pp. 454-455.

1918 Abril : É autor do cenário do Bailado de Ruy Coelho intitulado Princesa dos Sapatos de Ferro (coreografia e figurinos de Almada), uma interpretação portuguesa dos Ballets Russes, que haviam acabado de realizar em Lisboa quatro espectáculos (a 13 e 17 de dezembro de 1917 no Coliseu e a 2 e 3 de janeiro de 1918 no S. Carlos).
1919

Tenta fundar a Sociedade Portuguesa de Arte Moderna, sem sucesso.

Publica novo projecto arquitectónico de uma residência na revista luso-brasileira Atlântida: "Habitação Particular para o Parque Estoril", n.º 35-36, 1919, pp. 1092-93.
1920

Participa na 3.ª exposição do Grupo de Humoristas Portugueses (Junho de 1920), na parte das Artes Industriais, com uma mesa de salão desenhada por ele (à venda por 70 escudos).

1921 Retratado por Almada (Colecção FCG).
1922

Envolve-se numa polémica, a que vai dar palco na Contemporânea, ao organizar um movimento para a modernização da SNBA.

1923 A revista De Teatro publica um retrato seu, efectuado o ano anterior, por Vázquez Díaz (colaborador de Contemporânea) aquando da sua visita a Portugal.
1925

João de Castro entrevista-o para o Diário de Lisboa, a 29 de Janeiro, destacando-o no papel de "grande animador" e responsável pelas "melhores manifestações do modernismo em Portugal".

Mário Eloy pinta o seu retrato mais conhecido, que expõe nesse ano no I Salão de Outono, organizado por Eduardo Viana (Colecção FCG).

Colabora no I Salão de Outono com: “Café-Restaurante de Lisboa (Palace Hotel – Rua Eugénio dos Santos)”; “Projecto de um Teatro” e “Projecto de uma casa alentejana”.

Colabora no primeiro número de Europa (dir. Judith Teixeira), com um “Projecto de um Teatro moderno”.

1925-26

Faz pintura para os novos painéis do café A Brasileira, bem como para o Bristol Club.

1926

Dirige o II Salão de Outono.

Série final (de três números) de Contemporânea.

1929

Dirige os 4 primeiros números da Revista da Solução Editora. A saúde agrava-se e tem de abandonar este cargo.

A partir do n.º 5 e até ao fim (n.º 18), é assumida por Rogério Rego, arqueólogo, e a publicação torna-se quase nada literária e muito mais histórica. Pacheco sai pelo "breve reaparecimento" de Contemporânea, como é dito no início do n.º 5.

1930

Participa no I Salão dos Independentes, cujo manifesto é redigido pelo artista e escritor António Pedro (1909-1966).

1931 Morte da sua esposa
1932

Internado numa casa de saúde, decide sair e tentar cura em casa, junto da mãe.

1934

28 de Setembro: Morre de tuberculose.

É enviada uma carta de pesar, da parte da SNBA, à família (mãe e irmã), a 2 de Outubro.