FERNANDO PESSOA 1888-1935 |
Retrato de Fernando Pessoa por Almada Negreiros, óleo sobre tela, 1954 (pormenor) |
1888 | Nasce a 13 de Junho num 4.º andar do Largo de S. Carlos, em Lisboa. |
1893 | O pai morre de tuberculose aos 43 anos. |
1895 | A mãe volta a casar com o cônsul português em Durban, colónia inglesa de Natal, para onde vai no ano seguinte viver. |
1901 | Conclui em Durban o curso liceal, matriculando-se no ano seguinte na Escola Comercial. |
1903 | Começa a escrever em nome de Alexander Search, o que continuará a fazer até 1910. |
1905 | Volta sozinho para Lisboa e matricula-se no Curso Superior de Letras, de que desiste em 1907. |
1908 | Começa a trabalhar como correspondente estrangeiro de casas comerciais. Em Setembro, começa a escrever versos em português. |
1911 | Recusa uma proposta do editor inglês Kellogg para se mudar para Inglaterra. |
1912 |
Publica na revista A Águia três artigos sobre «A nova poesia portuguesa», onde anuncia «o próximo aparecimento do super-Camões». Inicia a sua correspondência com Sá-Carneiro. |
1913 | Publica, em A Águia, Na Floresta do Alheamento, texto que indica pertencer ao Livro do Desassossego. Conhece Almada Negreiros. |
1914 | Publica o poema que dá nome ao Paulismo, em A Renascença. Rompe com A Águia, que se recusara a publicar O Marinheiro. |
1915 | Saem Orpheu 1 e 2, que co-dirige com Sá-Carneiro. Publica seis artigos em O Jornal, o sétimo é censurado pela direcção. Saem com tradução sua dois livros de teosofia. |
1916 | Publica o poema paúlico Hora Absurda, e ainda «Ela canta, pobre ceifeira» e os catorze sonetos Passos da Cruz. Saem com tradução sua quatro livros de teosofia. |
1917 | Colabora no Portugal Futurista, com Episódios, poemas, e o Ultimatum de Álvaro de Campos. |
1918 | Publica dois opúsculos em inglês, 35 Sonnets e Antinous. |
1919 | Colabora na Acção, órgão do Núcleo de Acção Nacional. |
1920 | Vai viver com a mãe e três meios-irmãos em Campo de Ourique. Troca cartas de amor com Ofélia Queirós durante nove meses. |
1921 | Cria a editora Olisipo, onde publica English Poems I-II (Antinous reescrito mais Inscriptions) e English Poems III (Epithalamium). |
1922 | Na Contemporânea publica O Banqueiro Anarquista mais os doze poemas de Mar Português, que hão-de, em 1934, integrar Mensagem. |
1923 | Faz circular dois manifestos, um de Álvaro de Campos, Aviso por Causa da Moral, outro seu, Sobre um Manifesto de Estudantes, para defender os dois amigos António Botto e Raul Leal. |
1924 | Sai Athena. Revista de Arte, com direcção literária de Pessoa, que no primeiro número revela um heterónimo, Ricardo Reis. |
1925 | Pessoa revela na Athena um novo heterónimo, Alberto Caeiro. A 17 de Março, morre a sua mãe. |
1926 | Colabora nos seis números da Revista de Comércio e Contabilidade. Responde a um inquérito sobre o Império Português em que afirma que a dominação das colónias não é necessária. |
1927 | Começa a sair em Coimbra a revista presença, que há-de publicar muitos textos de Pessoa e dos modernistas. |
1928 | Publica o opúsculo O Interregno. Defesa e Justificação da Ditadura Militar em Portugal, editado pelo Núcleo de Acção Nacional. Publica o artigo «O provincianismo português». |
1929 | Bernardo Soares aparece, assinando dois fragmentos de O Livro do Desassossego na revista Solução Editora, e publica todos os anos até 1932. Troca cartas de amor com Ofélia Queirós durante quatro meses. |
1930 | Pierre Hourcade publica na revista parisiense Contacts um artigo sobre a obra de Fernando Pessoa. |
1932 | Concorre a Bibliotecário em Cascais, mas não é seleccionado. Nos Cahiers du Sud, de Marselha, são publicadas por Pierre Hourcade traduções de quatro poemas seus. |
1933 | Publica na presença, entre outros, Tabacaria, de Campos. |
1934 | Publica a 1 de Dezembro o seu único livro de poemas em português, Mensagem, que ganha um prémio oficial. |
1935 | Morre a 30 de Novembro no Hospital de S. Luís dos Franceses. |