[BNP/E3, 88 – 4–4a]
A arte da quarta dimensão
- Todos os fenómenos se passam no espaço.
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As “dimensões” dos objectos não estão neles, mas sim em nós. São condições de sensibilidade, categorias de credibilidade.[1]
- A única realidade é a sensação.
- A máxima realidade será dada sentindo tudo de todas as maneiras (em todos os tempos).
- Para isso era preciso ser tudo e todos.
[4ar]
Don’t think, don’t look at your thoughts
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Every[2] hour is motherly to our dreams, but we must never know why.
It is necessary never to know why {…}[3]
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O sensacionismo é a arte das quatro dimensões. As coisas têm aparentemente – mesmo, na sua aparência visualizada, as coisas de sonho – 3 dimensões; essas dimensões são conhecidas quando se trata de matéria espacial. Só podemos conceber coisas com três ou menos dimensões.
Mas se as coisas existem como existem apenas porque nós assim as sentimos, segue que a “sensabilidade”[4] (o poder de serem sentidas) é uma quarta dimensão delas.
As três dimensões das coisas não são altura, largura e espessura. Ora é apenas a forma como as três dimensões nos aparecem nas coisas espaciadas à vista. As três dimensões são assim: Supondo um observador colocado em A,
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temos que ele verá tudo em volta de três percepções:
AB = a linha do objecto até ele.
CD = a linha de lado a lado do objecto.
EF = a linha de alto a baixo do objecto.
[1]
1920
168 15
1752
84
1836
1752
84
1668
[2] 34 Every, no original.
[3] Não penses, não olhes para os teus pensamentos
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Cada hora é maternal para os nossos sonhos, mas nunca devemos saber porquê.
É necessário nunca saber porquê {…}
[4] O termo “sensabilidade” trata-se, aparentemente, de um neologismo e não de uma gralha.